O insulto nosso de cada dia

249_palavrao Nada mais fácil do que insultar alguém, as palavras aceitam qualquer forma que lhe é dada. Palavras não te cobram a verdade ao serem ditas. Palavras não te cobram coerência ao serem ditas. Palavras não te cobram sabedoria ao serem ditas. Não, elas não cobram, pois as pessoas e a vida já fazem isso por elas, e muito bem. Eu conheço o prazer do insulto, aquela sensação de poder e alivio, a glória em sentir o doce sabor do liquido que escorre da ferida. Não serei leviano e irreal dizendo que devemos abrir mão desse prazer único e necessário. Na verdade poucos prazeres na vida merecem ser renegados. Mas um xingamento desnecessário ou mal usado é a “droga’ mais pesada e suja que podemos usar para tal fim.

Certos gostos só são saborosos com o acompanhamento certo, e no caso do insulto, é a razão. Não seja ingênuo ao ponto de achar que simplesmente esbravejar sem rumo te servirá de algo. Você só vai se acostumar cada vez mais a ser idiota, e começara a procurar a alegria nos defeitos alheios, ao invés das próprias conquistas. Não existem insultadores profissionais, existem críticos e humoristas, e saiba que a diferença é bem grande. Você sabe que não está fazepalavrao ndo uma critica quando seu intuito não é explicar, guiar ou informar. Você sabe que não está fazendo humor quando o que quer receber de volta são as lágrimas inimigas, ao invés de sorrisos satisfeitos.

Não somos santos, nem devemos ser. Vocês podem dar a outra face se quiserem, mas quando as duas estiverem feridas eu espero que vocês se levantem. E quando for se levantar saiba que os insultadores são movidos a raiva irracional. Às vezes argumentos, discussões e lógica podem funcionar, às vezes tudo isso será ignorado. Afinal para tais pessoas pouco importa a razão e sim o efeito. O que fazer? O que te fizer sentir melhor, brigue, xingue, chore, processe, não importa muito o quê. O importante é fazer o que for necessário para poder se sentir mais leve e seguir com sua vida, e deixá-los com a indiferença que merecem. Quanto a eles terem o que é merecido, eles já têm, eles são idiotas.

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